quarta-feira, 27 de junho de 2012

RECONSTRUÍDO EM OUTROS MOLDES



RECONSTRUÍDO EM OUTROS MOLDES

Jeremias 18.1-6

INTRODUÇÃO

Há um cântico antigo que diz: “Eu quero ser, Senhor amado, como um vaso nas mãos do oleiro. Quebra a minha vida e faze-a de novo. Eu quero ser, eu quero ser um vaso novo!” Precisamos de reconstrução. Precisamos ser quebrados e reconstruídos em outros moldes.
Jeremias foi enviado à casa do oleiro para receber ensino demonstrativo da parte de Deus. Ele sempre usa coisas simples para explicar as grandezas de seu Reino. Formigas nos deram uma lição sobre o perigo da preguiça tomar conta de nosso corpo e mente. Lírios e pássaros nos ensinaram que devemos descansar em Deus as nossas necessidades.
Da mesma forma, Jeremias estava preparado para deixar-se instruir por um simples oleiro. O texto mostra que o profeta se aproximou e viu como ele fazia o barro sobre rodas e como este vaso se estragou.
Esses símbolos ensinaram lições preciosas a Jeremias e certamente continuam a nos ensinar sobre o que Deus quer fazer com as nossas vidas e, consequentemente, até onde deve ir nosso compromisso com Ele.

O BARRO

O barro simboliza a nação de Israel que foi tirada do Egito e levada à Canaã. O mesmo aconteceu conosco. Fomos tirados do lamaçal do pecado e transferidos para o Reino da Graça, para que Deus nos molde como seus vasos: “Pois ele nos resgatou do domínio das trevas e nos transportou para o Reino do seu Filho amado.” (Cl 1.13).
É interessante pensar que o barro é material de uso comum. Hoje, somente pessoas muito humildes possuem ainda casas feitas com barro. Será que há uma lição para nós aí?
Somos criaturas de Deus, formados do barro e para lá um dia voltaremos como está escrito em Eclesiastes. Assim, precisamos permitir que Deus nos reconstrua em outros moldes porque, na verdade, não há muito em nós para nos gloriarmos!

A RODA

A roda é a ferramenta sobre a qual o vaso é moldado. Nós somos, nas mãos de Deus, como o barro nas mãos do oleiro.
Porém todo barro é moldável. Alguns são mais duros outros mais moles, mas todos são moldáveis. Para Deus, não existe gente sem jeito. Para nós sim, mas, para Deus não!
Veja o que Paulo nos ensina sobre a transformação de Deus em nossas vidas: “Sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam, dos que foram chamados de acordo com o seu propósito. Pois aqueles que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. E aos que predestinou, também chamou; aos que chamou, também justificou; aos que justificou, também glorificou.” (Rm 8.28-30).

O OLEIRO

No texto, Deus se compara com um oleiro. Portanto, existem as melhores possibilidades para que nos tornemos vasos de bênçãos úteis para Ele: “Numa grande casa há vasos não apenas de ouro e prata, mas também de madeira e barro; alguns para fins honrosos, outros para fins desonrosos. Se alguém se purificar dessas coisas, será vaso para honra, santificado, útil para o Senhor e preparado para toda boa obra.” (II Tm 2.20-21).

O VASO

O texto nos mostra que o vaso estragou-se nas mãos do oleiro. Da mesma forma Israel foi afastado do Deus vivo em virtude de sua incredulidade.
Precisamos entregar-nos para que Deus nos reconstrua em novos moldes, sem rédeas, sem impedimentos para que não nos aconteça como está escrito na carta aos Hebreus: “Cuidado, irmãos, para que nenhum de vocês tenha coração perverso e incrédulo, que se afaste do Deus vivo.” (Hb 3.12).
Em todos os lugares temos este retrato diante de nós: Vasos estragados que precisam ser reconstruídos. Será que eu e você somos um desses vasos?
O que nós poderíamos ser se somente permitíssemos que Ele nos moldasse! A promessa de Deus para os dias do profeta Jeremias era de juízo, porém, Deus ainda tomaria Israel novamente em suas mãos e, como um oleiro, o colocaria de novo sobre a roda para fazer dele o grande povo da benção.

CONCLUSÃO

Nossa submissão a Deus como aquele que molda tanto o nosso caráter quanto o nosso serviço para Ele, determina, em grande parte, o que Ele pode fazer através de nós.
Por isso, precisamos permitir que Deus nos quebre e nos reconstrua em outros moldes. Entretanto, isso leva tempo. Transformar um punhado de barro em um belo vaso é um trabalho artesanal e isso não é feito a toque de caixa. É preciso calma, paciência, persistência e investimento de tempo.
Deus age assim conosco. Existiria alguém que acredite mais em nós do que o próprio Deus? Desde que Adão pecou no Édem, Deus continua a insistir em usar-nos! Isso é uma lição de persistência, paciência; porém, acima de tudo, de amor.
Saiba que o mundo também tem seus “oleiros” querendo nos moldar através de seus valores deturpados, dos modismos, da tecnologia, dos convites sedutores do pecado e das tantas facilitações ao erro. Nesses momentos precisamos ter em mente o conselho do apóstolo Paulo: “Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente...” (Rm 12.2).
Quando nos entregamos ao Senhor, devemos entender que a partir daí os planos não são mais nossos, mas d’Ele. Deus tem o melhor projeto, o melhor plano para nossas vidas. Ele quer nos usar, nos encher e nos fazer transbordar. Ainda que o processo de santificação seja demorado e difícil, o melhor lugar para se estar é nas mãos de Deus. Ele quer fazer de nós vasos de honra usando como molde o próprio Jesus Cristo.
Que a nossa oração seja como a letra do antigo cântico: “Eu quero ser, Senhor amado, como um vaso nas mãos do oleiro. Quebra a minha vida e faze-a de novo. Eu quero ser, eu quero ser um vaso novo!”

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