A LIÇÃO DOS MAGOS DO ORIENTE
Mateus 2:1-11
INTRODUÇÃO
Às vezes me pergunto por que o natal parece estar se tornando cada vez mais uma data fria e inexpressiva? Penso que seja porque temos nos esquecido de sua essência, ou seja, de que ele representa o nascimento de Jesus e não aquilo que muitos têm focado como férias, presentes, encontro de famílias e tudo o mais.
A verdade é que muitas coisas vão tomando o lugar de Deus em nossas vidas e o mesmo acontece com o verdadeiro sentido do natal. Quando os magos, seguindo a estrela foram ao encontro do menino Jesus, fizeram aquilo que se esperava do povo de Deus, jamais de estrangeiros.
Muitas vezes somos como eles, ou seja, o natal passa a representar uma data chata, triste, sem significado. E por que isso acontece? Porque passamos a perder algumas coisas muito importantes pelo caminho e é urgente que elas sejam resgatadas em nossos corações. A lição dos magos do oriente serve-nos como um alerta para que demos o verdadeiro valor ao natal de Jesus.
PERDA DA ESPERANÇA (vs.1-7)
A bíblia diz que magos vieram do Oriente para procurar o menino Jesus. Eles não faziam parte do povo de Israel, mas buscavam o menino. Quando perguntaram sobre o local do nascimento de Jesus, o rei Herodes e toda Jerusalém ficou perturbada (v.3).
Eles haviam se esquecido das promessas pregadas pelos profetas do AT! Não havia neles mais esperança!
Herodes, alarmado, chama os escribas e sacerdotes para perguntar a respeito do assunto. Eles citaram o texto messiânico de Miquéias 5.2 de cor; sinal de que sabiam sobre a profecia, os textos, etc, mas haviam perdido a esperança.
Não é diferente hoje. Sabemos as promessas bíblicas, conhecemos vários textos de cor, mas perdemos a esperança da ação de Deus em nossas vidas. Sabemos dos textos que falam sobre o natal de Jesus, porém, muitos têm perdido a esperança no Filho de Deus.
O natal não deve ser para nós apenas reflexão das promessas que se cumpriram, mas também um sinal evidente de que muitas outras ainda hão de se cumprir.
PERDA DO INTERESSE (vs.8-9)
É impressionante a falta de interesse do povo de Deus neste texto! Os sacerdotes ouvem que os magos estão atrás do menino, informam o local de nascimento de acordo com as profecias e ainda assim os magos partem sozinhos!
Onde estão os sacerdotes? Será que não deveriam acompanhá-los? Talvez tivessem algum compromisso muito sério! Tivessem mais o que fazer. O filho da promessa, o salvador do mundo nasceria e os sacerdotes sequer tiveram o interesse em averiguar se era verdade ou não, saber detalhes, acompanhar os magos, etc.
Será que nós temos demonstrado interesse pelo Natal? Ou seria apenas mais um feriado, mais um dia para descansar ou consumir? Será que não temos visto o nascimento de Jesus como os sacerdotes viam os magos, ou seja, talvez como fanáticos (igrejeiros, ritualistas)? É verdade que o natal é uma data instituída por homens e que se há uma data em que Jesus não teria nascido é 25 de dezembro. Entretanto, se a mesma foi instituída, deveria ao menos servir para lembrar a maior dádiva de Deus em nosso favor!
O próprio povo de Deus perdeu o interesse no natal. Sacerdotes, escribas e, hoje, os crentes.
PERDA DA ALEGRIA (v.10)
O texto diz que quando os magos viram o local onde estava o menino se encheram de júbilo. Por não crer no Cristo nascido em Belém, o povo de Israel não conseguiu ter a mesma alegria e júbilo. Estrangeiros se alegraram com Jesus, mas os judeus não. “Veio para o que era seu, mas os seus não o receberam” (João 1.11).
Quando não temos interesse não temos alegria. Ouço muitas pessoas e, infelizmente, até muitos evangélicos dizendo que o natal é para eles uma data triste. Muitos têm perdido a alegria verdadeira do natal porque não se interessam por seu real significado.
Muitos se alegram por causa das festas e do feriado, mas poucos por causa da salvação que temos em Cristo. O salmista Davi diz: “Restitui-me a alegria da salvação”. Precisamos resgatar a alegria em Jesus!
CONCLUSÃO (v.11)
Os magos do oriente abriram seus tesouros e ofertaram ouro, incenso e mirra (v.11). Tudo isso era muito valioso naquela época; eram presentes caros.
O povo de Deus não estava lá para dar nenhum presente a Jesus, mas estes magos estrangeiros o fizeram.
Existe uma canção do Asaph Borba que diz: “Eu sei que é possível dar sem amar, mas impossível amar sem dar!” Ofertar a Jesus é característica de quem ama, de quem tem devoção, gratidão e alegria n’Ele.
Os magos deram o que tinham de melhor. O que nós temos de melhor para ofertar a Jesus, senão a adoração constante através de nossas vidas?
Infelizmente muitos têm dado a Jesus as suas sobras. Sobra do tempo, sobra do dinheiro, sobra da própria vida. Jesus não quer as sobras!
A pergunta que deixo como reflexão é: Como esta lição dos magos do oriente pode trabalhar nosso interior?
Que façamos um propósito neste natal de celebrar a Cristo como igreja e orar com nossas famílias pela maravilhosa dádiva do natal que é Jesus, o menino nascido em Belém!
O salmo 116.12 traz uma pergunta que deveríamos nos fazer todos os dias de nossas vidas: “Como posso retribuir ao Senhor toda a sua bondade para comigo?”
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