quinta-feira, 28 de julho de 2011

Deus em primeiro lugar!



DEUS EM PRIMEIRO LUGAR!

Rute 1
Introdução

Existe uma frase popular que diz: “Cada escolha, uma renúncia”. Podemos dizer que seguir o caminho de Deus é a escolha que determinada a maior de todas as renúncias. Para segui-lo precisamos renunciar até mesmo nossas próprias vidas.
Paulo disse: “Fui crucificado com Cristo. Assim, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. A vida que agora vivo no corpo, vivo-a pela fé no filho de Deus, que me amou e se entregou por mim.” (Gl 2.20)
A história de Rute é uma história de decisões acertadas de uma mulher que escolheu renunciar sua própria vida para seguir o Deus único e verdadeiro, dando-lhe o primeiro lugar.

Renúncia de “coisas”

A história conta que Noemi foi morar em Moabe por causa da fome em Israel e lá perdeu o marido e seus dois filhos, ficando só, com suas duas noras, as moabitas Orfa e Rute (vs.1-5).
Noemi, serva do Senhor, pede às suas noras, também viúvas, que voltem para suas terras a fim de que possam se casar de novo, agora com homens do seu próprio povo.
Rute, estrangeira, ainda com poucos conhecimentos do Deus de Israel faz uma gloriosa confissão à sua sogra e automaticamente ao Senhor: O teu Deus será o meu Deus! (v.16)
A uma questão religioso-cultural aqui que precisamos compreender.
Em Moabe, pátria de Rute, cada casa tinha um altar. O sacerdote era o chefe da casa. O deus que ele escolhesse seria o deus da família. Quando uma das filhas se casava, ela passava a adorar o deus que seu marido trazia consigo.
Na casa de Noemi não havia nenhum ídolo para ser adorado. Assim, onde estava o Deus de Noemi? Só haveria um jeito de conhecê-lo: Indo até Ele!
Vivemos num país idólatra, onde até mesmo grande parte dos rituais folclóricos está relacionada a uma cultura religiosa ou às vezes pagã.
É verdade que não podemos negar nossa cultura; entretanto, para servirmos a Deus precisamos dar-lhe o primeiro lugar de nossas vidas. Lembre-se do que Paulo disse: “É melhor não comer carne nem beber vinho, nem fazer qualquer outra coisa que leve seu irmão a cair.” (Rm 14.21)
Rute renunciou os ídolos do seu povo para conhecer o Deus de Israel. Hoje, coisas podem ser nossos ídolos. Pessoas são mais importantes do que coisas. O que você ainda precisa renunciar para estreitar seu relacionamento com Deus, colocando-o em primeiro lugar na sua vida?

Renúncia do “eu”

         Rute não tinha problema de baixa auto-estima. Não era como os cidadãos de hoje: Apareço, logo existo. Não era consumista. Não precisava investir na aparência. Não temia o fato de possivelmente ficar viúva por todo o resto de sua vida. O que importava era amparar sua sogra, também viúva. Optar por acompanhar Noemi, foi consequência da opção de seguir o Deus de Noemi. Abriu mão da segurança na casa de seus pais e creu que algo melhor estava por vir.
         Vivemos um mundo relativista e individualista. As pessoas muito mais preocupadas em ter do que ser. A mídia é uma das maiores culpadas dessa lamentável realidade.
         Em seu ministério, Jesus sempre se ocupou em ensinar seus discípulos que, para ser participante das glórias do Seu Reino, é preciso, muitas vezes, perder para ganhar, dar para receber, perdoar para ser perdoado.  
         Rute compreendeu que seguir Noemi era o caminho correto para conhecer a Deus, ainda que isso lhe custasse distanciar-se de seu povo e de sua família.
Lembremo-nos do que Jesus disse: "Quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a mim não é digno de mim; quem ama seu filho ou sua filha mais do que a mim não é digno de mim; e quem não toma a sua cruz e não me segue, não é digno de mim. Quem acha a sua vida a perderá, e quem perde a sua vida por minha causa a encontrará.” (Mt 10.37-39)
Entregar o trono do nosso coração para que Deus nele reine é permitir que Ele seja mais importante que qualquer pessoa em nossas vidas.

Conclusão

Quando Noemi voltou para sua terra natal, lamentou sua miséria e mudou seu nome de Noemi (agradável) para Mara (amarga) (v.20).
Noemi não conseguia enxergar o propósito de Deus na vida de sua família. Suas maiores riquezas haviam partido: marido e filhos.
Noemi cria que seus sofrimentos demonstravam que ela já não desfrutava mais do favor de Deus e que, pelo contrário, Deus agora estava contra ela (v.13).
Entretanto, o decorrer da história comprovou que sua maneira de pensar estava equivocada. Não devemos considerar que todas as adversidades e privações resultam do desagrado de Deus contra nós, pois Satanás e as experiências humanas comuns, às vezes nos trazem dificuldades e adversidades, por mais dedicados que sejamos ao Senhor.
O v.22 diz que Noemi e Rute chegaram a Belém no início da colheita da cevada (v.22). Nossa visão distorcida da situação não nos permite enxergar que muitas vezes iniciamos nossa retomada exatamente no período da fartura.
Deus sempre esteve no controle da história e, no tempo certo, iria transformar tristeza em benção, pois, da família de Noemi, fez nascer a semente de Davi, da qual viria o Salvador da humanidade, através do relacionamento de Rute e Boaz.
Precisamos permitir que Deus aja em nossas vidas! Veja que mesmo em meio a tantas desgraças, Rute preferiu experimentar o conhecimento do Deus de Israel. Ela jamais culpou a Deus pela perda de seu primeiro marido. Jamais abandonou sua sogra, mesmo em meio ao aperto e aflição. Pelo contrário, seguiu para Belém com ela e teve sua alegria redobrada pelo fato de se render direção do verdadeiro Deus sobre sua vida.
Devemos aprender a buscar primeiramente o Reino de Deus. Ele é único e não aceita dividir o trono do nosso coração com nada e nem ninguém.
Que aprendamos a entregar as nossas vidas ao controle de Deus como disse o salmista Davi: “O meu futuro está nas tuas mãos”. (Salmo 31.15) 
 
Pr. Elias M. Santos – 30/06/2011

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